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          Marcos 16:15
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Nosso filhos "leprosos"

Ao fazer o ano bíblico (leitura anual da Bíblia),me deparei várias vezes com os capítulos 13 e 14 de Levíticos,onde estão as leis acerca da lepra e dos leproso,nas mais diversas situações.
Sempre imaginei como deveria ser naqueles dias,quando conhecimento da ciência mádica era bem limitado.Sozinhas,abandonas,viuvendo com outros com o mesmo infortúnio,longe da família e dos amigos.Sem condições de higiene e vendo o próprio corpo ser consumido dia a dia pela lepra.Pior que o corpo ser consumido,penso em como eles deveria se sentir conusumidos pela saudade dos filhos,da esposa ou do marido e dos pais.Por vezes,os leprosos avistavam os seus queridos de longe,mas nem podia desfrutar bem daquele momento,pois tinham que clamar em altos brados:"Imundo!Imundo!" (Lv 13:45).Não é de se admirar que a lepra fosse tão temida.
O "leprosos" de hoje
A vida nos ensina lições muitas vezes bastane duras,mas sei que em tudo Deus tem um propósito e muitas vezes o sofrimento nos torna pessoas mais bondosas,menos críticas e amorosas.Há poucos dias,meditando a respeito dos leprosos e como era o tratamento que eles recebia,vi que há uma grande semelhança entre o tratamento dispensado a eles e aos nosso filhos,que já perteceram ao rebanho do Senhor e que agora se encontram afastados do aprisco.São vistos como "imundos",como pessoas com quem não se deve manter nenhum contato,a fim de que seja evitado o "contágio".Não há para com eles nenhum ato de simpatia e tampouco de apreço.A atitude,em geral,reflete o seguinte pensamento:"Devem estar longe do nosso arraial.Afinal de contas,eles conhecem a verdade então por que se afastaram?Sabe onde os membros se encontram,sabem o caminho da igreja e,se quiserem voltar,as portaas estarão abertas,desde 'que se apresentem primeiro ao sacerdote'(passem pelo rebatismo)".
O difícil caminho de volta
Porém,basta abrir os olhos e observar atentametne o que acontece quando aqueles que se afastaram decidem fazer uma visita à igreja.Eles são olhados com desconfiança,as pessoas reparam muito em suas vestes ou se estão ou não usando ornamentos.Os cumprimentos são frios e os sorrisos bem amarelos.Parece que a presença desses "imundos" incomoda a "nossa santidade:"É difícil acontecer um sorriso verdadeiro,uma alegria por vê-los de volta,ainda que estejam apenas fazendo uma visita.Salvo raras e honrosas excessões de velhinhas piedosas que,provavelmente através do sofrimento,já aprenderam um pouco mais sobre o amor!Esses "leprosos" têm a sensação que ali não é o lugar deles,afinal não são bem-vindos.Os sentimentos que carregam de vazio e carência do amor cristão são passados por alto.Apenas quando se encontram com outros "leprosos" eles se sentem aceitos e amados.Como eu almejaria que Jesus se contrasse à porta de nossas igrejas,recebendo os "nossos filhos leprosos "!Tenho certeza que Seu olhar de amor,Seu sorriso sincero de boas-vindas e Seu abraço caloroso fariam com que eles nunca mais quisessem sair dali.É imprescindível que o Espírito Santo trabalhe não somente no coração.Somente assim,com atos de bondade e simpatia que brotam de um coração unido ao de Cristo,poderemos atrair as ovelhas feridas e doentes que estão distantes do aprisco.

    Regina Mary Silveira Nunes trabalha com livros didáticos na Casa Publicadora Brasileira.
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